segunda-feira, outubro 23, 2006

Limitados Lda

A Preguiça

" A preguiça é a mãe do progresso. Se não fosse ela o Homem não teria inventado a roda - não teria viajado pelo mundo inteiro."

(Mário Quintana)

:)

sexta-feira, outubro 20, 2006

Fuckafone


"Bem! Estava difícil, já te liguei 3 vezes! Porquê que não atendeste?"

Mas afinal, quem é que pagou o telefone?

Não percebo o que é que leva à maioria das pessoas acharem que há uma obrigação indiscutível de estarmos contactáveis apartir do momento que aderimos a uma rede. Também não entendo o sentimento de culpa que têm, normalmente, aqueles que preferiram não atender um telefonema. Mais dificil ainda de digerir é a convicção do rejeitado de que há, concerteza, uma explicação bastante "razoável" para o que aconteceu. Agora, muito para além do alcance da minha capacidade de compreensão, está a necessidade que esse mesmo tem de perguntar ao rejeitador qual foi a razão que levou a tal extremo. É como se fosse absolutamente necessário que, quem teve o desplante de não estar disponivel, invoque uma causa de exclusão de culpa minimamente provável.

Chamem-me o que quiserem - sou careta, mal-encarada, anti-social, isso tudo, mas apartir de hoje têm aqui a minha justificação razoável: se eu não atender é porque não estou para aí virada. Nada pessoal, não é para levar a peito. Simplesmente, assumo o risco daquilo que posso estar a perder e esse é o único preço que acho justo para o caso.

PS: Que fique bem claro que gosto muito de falar com quem falo!

terça-feira, outubro 17, 2006

Desafio

Escada e Rampa da Biblioteca da Faculdade de Letras de Lisboa

Certo. A estética é uma das maiores inimigas da funcionalidade, mas sinceramente... Com os deficientes?!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Sou aquilo que só eu sei.
Pareço o que os outros dizem de mim.


(Miguel Torga)

quinta-feira, outubro 12, 2006

sexta-feira, outubro 06, 2006

Manias

Não sei explicar esta minha tendência - desarrumada como sou, tenho a estranha mania de que não consigo estudar se não tiver tudo à minha volta no lugar, meticulosamente arrumado.
Tenho a sensação que é um instinto a ir contra a minha própria natureza... Um contra-senso natural.


(Piet Mondrian)

quinta-feira, outubro 05, 2006

A Acta


- Olá! Por cá a fazer o quê?
– Não me digas nada, vim fazer uma Acta...
– Heish, coitada... A Acta é gordinha?
– Achas?! É muito magrinha! Sem rabo e com muito pouco peito.
- Ah... Estou a ver, muito picuinhas... Muito rigorosa... De cabelo preto muito escorrido, um bocadinho oleoso.
– Exactamente. Usa óculos.
- A que restaurantes é que ela irá?
– Não sei, mas não vai a tascas e quando pede arroz pergunta sempre se é aberto ou fechado.
- Hum... Estou a ver. A Acta é daquelas que se tropeça, fica muito corada e olha muito à volta para ver se alguém reparou.
- E que espirra para dentro. Tchim.
- Acho que a vi uma vez, com uma amiga, no Duq´s. Estava a beber um tango, porque só consegue beber cerveja com groselha. Um só, senão fica tonta. Ás vezes também bebe com 7 up.
- Sabes, a Acta, quando chega atrasada ao escritório, vai ter como patrão e diz que vem, eventualmente, se não estiver a atrapalhar, pedir desculpas, nomeadamente, pelo atraso – e ajeita os óculos, devagarinho, enquanto espera pela resposta.
- Normalmente, os atrasos acontecem porque a acta não passa um sinal amarelo. É proibido. E as rotundas fazem-se por fora, mesmo que se queira sair na última saída. A Acta tem que ir dando passagem a quem vai saindo, portanto, as rotundas, fá-las sempre aos soluços. É muito prudente.
- Um dia apanhou uma carroça, numa despedida de solteira duma prima, e foi cantar para o karaoke "La vida locca" do Ricky Martin. Na semana seguinte, não teve coragem de sair de casa.
- E hobbies?
– Sim, é muito certeira, joga às setas.
- Os pais chamavam-lhe um nome que a deixava muito embaraçada, era... Tactinha! Ela respondia sempre com uma tossezinha.
- A acta percebe sempre tudo, não é?
– Ela nunca percebeu muito bem o que é que se ia fazer à feira popular. Mas foi uma vez e andou num carrossel, num unicórnio branco.
- A Acta vai ao cinema, de vez em quando. Na última vez foi ver a música no coração - soube que estavam a passar outra vez e ficou bastante contente.
- Ela faz colecção de qualquer coisa, não faz?
- Sim, de bruxinhas de loiça. Também gosta de ter outros bonequinhos de loiça que não sejam bruxinhas, por exemplo, gosta de receber sapos pequeninos. Tem uma estante cheia de bonequinhos engraçados.
- Ela tem peluches no quarto...
- Tem muito o hábito de escrever a tapar a folha. Apanhou-o no liceu – tinha que estar sempre a tapar o seu teste, não fosse alguém querer copiar.
- Um dia teve uma negativa, a educação visual – nunca teve muito jeito – mas enterrou o desenho no jardim e nunca disse a ninguém. Guardou o segredo a sete chaves.
- Nunca a vi com nenhum homem, será casada?
- Não!
- Tem ao menos algum animal de estimação?
- Não pode... É alérgica...
- A Acta cheira a quê?
- A môfo.

Conversa NIN


terça-feira, outubro 03, 2006

Egoísmo













Ele convida-a para jantar, ela aceita mas não sabe bem o quê, para além do jantar. Não sabe se aceita um nervosismo, se aceita uma sugestão sobre o que vestir, uma frase que escapa ao contrário, um transtorno por falta de assunto, sequer se aceita o logo se vê. Sabe que, provavelmente, nessa noite apenas vai jantar. Ela é muito egoísta.

Making of














Só há musica nos filmes para os actores não terem dúvidas.

Hiperactividade

A hiperactividade está na moda. Até o meu computador apanhou o vírus... Acabou de abrir 38 janelas ao mesmo tempo e fechou-as todas num segundo. Escusado será dizer que tudo o que eu estava a fazer foi na rajada.
Vou cultivar a minha preguiça, que nos tempos que correm é uma raridade, e não vou fazer mais nada.

Andar na lua


Não leia isto.
A sério, mesmo que ande a divagar por aí há horas só por ter um computador à frente, mesmo que já tenha esgotado todos blogs recomendados pelos blogs recomendados nos blogs que já fazem parte da sua rotina. Veio cá parar por acaso o que por si só já pode querer dizer qualquer coisa – ninguém lhe recomendou isto, portanto, não perca tempo aqui, por muito que não tenha nada para fazer com ele. Tudo o que estiver escrito não passa de ideias que se têm entre dois canais a meio de um zapping ou o bocejo e o susto no trânsito. Quero com isto dizer que, tendo em conta que um blog não se paga, que no computador não se gasta papel e que, estupidamente, aquilo que se escreve faz sempre um bocadinho mais sentido se existir a mera possibilidade de vir a ser (acidentalmente) lido por alguém, não resisti à tentação – como quem assina às escondidas uma parede no metro, eu escrevo aqui parvoíces. Não vai encontrar nada de novo, muito menos alguma coisa que não tenha já pensado também.
Este blog tem o interesse que um andar na lua pode ter.
Tenha critérios e tenha um bom dia.